Onde você tem colocado a sua atenção?

Onde você colocar o seu foco, aquilo cresce. Você já deve ter lido isso em algum lugar.  Mas veja só, isso é um fato. Fique focado nas suas dores, nos seus problemas e veja o que acontece contigo. Mas é claro que você deve observar os seus desafios e pensar em boas estratégias para superar todos eles, mas isso é completamente diferente de ficar pensando só neles. 

Nós perdemos bastante tempo observando e colocando o nosso foco em situações alheias a nós, e até em pessoas. Nós apontamos o dedo, julgamos, destacamos os erros dos outros  num movimento de querer consertar o mundo.

Você já teve a sensação de estar incomodado com algo completamente alheio a sua vida?

Claro que, enquanto cidadãos,  precisamos estar atentos para que os nossos direitos  sejam respeitados, bem como o direito de pessoas que não conseguem se defender.

Mas isso é bem diferente de deixar de fazer algo por nós para focar na vida do outro.

Percebo pessoas focadas na conquista do outro ou no que julga ser um defeito no outro, nas incoerências dos outros. Entretanto, pessoas boas cometem erros. Aliás, não existe alecrim dourado nesse mundo. Criamos altas expectativas quanto aos outros. Esquecemos de considerar que estamos lidando com pessoas reais, não com heróis ou personagens de uma novela. E ao menor sinal de ‘defeito’ já nos candidatamos a líder de torcida do contra. Se cada um observar direitinho a sua vida vai encontrar um monte de pontos a serem melhorados. Sim, um monte… Viva a sua vida e deixe que os outros vivam as suas escolhas, suas decisões. Afinal, suas críticas não vão livrar ninguém de cometer erros.

Se onde colocamos o nosso foco cresce, que tal colocar o foco na saúde, no trabalho,  na família,  nos amigos e em tantas outras coisas boas da vida? A vida fica bem mais leve quando nos ocupamos daquilo que está no nosso controle.

Mônica Reis de Oliveira, nordestina, mãe de três garotos, profissional de psicologia, atua no âmbito clínico, ajuda pessoas a superarem a depressão, ansiedade, conviverem e integrarem o luto em suas vidas e a vencerem seus desafios,  mudanças e transições, tendo uma vida mais leve.