Já percebeu como a maioria das pessoas têm dificuldade em lidar com os seus próprios erros? Imagine então com as falhas dos outros... Mas por qual motivo isso é tão comum? Você já tentou encontrar essa resposta?
Claro que, cada caso é um caso. Vou partir para algumas hipóteses que podem ajudar a compreender melhor. Entretanto, é bom esclarecer que o nosso caminho para essa compreensão, por mais que haja um genuíno esforço, estará inevitavelmente limitado.
Desde pequenos a maioria de nós aprendemos com os nossos pais e cuidadores muitas coisas. Dentre elas, o valor do que é correto e aceitável. Nesse processo, muitas vezes os nossos erros vão sendo compreendidos como falhas que precisam ser evitadas ou que podem inclusive, nos causar perdas. Desde cedo, somos ensinados a acertar sempre. Passamos a interpretar os acertos como aprovações e se somos aprovados recebemos amor por parte de nossos cuidadores. Logo, entendemos: para receber amor é preciso acertar.
Agora pense um pouco: quem recebe mais elogios e gratificações? A criança que tira boas notas e se comporta de forma aceitável pelos seus cuidadores ou aqueles que repetidamente desafiam as regras da família e se envolvem em confusão na escola?
Outro fator a ser considerado é que nem sempre somos ensinados a lidar com os nossos erros. Passamos apenas a nos esquivar deles, encarando-os como algo que precisa ser evitado a qualquer custo.
Poucas vezes os nossos cuidadores nos ajudam a lidar com as coisas quando erramos. E por que isso acontece? Na maioria das vezes, eles também não foram ensinados. E o que fazer quando erramos? Como conseguimos lidar com os nossos erros de forma positiva?
Primeiro, precisamos compreender que os erros também fazem parte do processo de aprendizagem. Mas para isso, é importante seguir lidando com eles de forma positiva. Primeiro, é preciso reconhecer o erro. Reconhecer que um erro foi cometido favorece o próximo passo que é: reparar. Nem sempre será possível reparar um erro. Principalmente, quando se tratar de um erro que envolva consequências devastadoras na vida de outra pessoa. Contudo, a maioria dos erros do cotidiano podem ser sim reparados.
E isso nos leva ao próximo passo que é reconciliar. Nem sempre a reconciliação significa convivência. Contudo, a reconciliação será um passo importante para que as pessoas possam continuar as suas vidas. Lembre-se: aprender a lidar com os erros é também sobre lidar da melhor maneira possível com pessoas que podem ter sido magoadas. E por fim: retornar para o seu caminho. Muitas vezes, o erro vai te tirar da sua rota. Mas cometer um erro não é o mesmo que ser alguém completamente errado. Não se rotule. Errar uma vez, não faz de você um erro. Se você percebe que está seguindo uma rota que não vai te levar ao seu destino, retorne o quanto antes para o melhor caminho.
Finalmente, nem sempre é possível generalizar e compreender os motivos de cada uma das pessoas terem dificuldade em lidar com os seus erros. Contudo, compreender que ninguém precisa ser perfeito para ser amado e que sempre podemos escolher aprender e seguir em frente é libertador.
Autora:
Mônica Reis é mãe de três garotos lindos de viver. Uma pessoa curiosa que gosta de conhecer novos lugares e de ler que é outra forma de viajar. É formada em psicologia e atua no âmbito clínico atendendo jovens e adultos.
Localização: Barra dos Coqueiros-SE.
Instagram: @bymonicareis.
E-mail: [email protected]
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