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Artigo Psicologia em alta

Não parece... Mas é MANIPULAÇÃO!

Colunista: Psicóloga Mônica Reis

05/10/2024 06h43
Por: Redação
Colunista: Psicóloga Mônica Reis
Colunista: Psicóloga Mônica Reis

Podemos entender a manipulação como um comportamento cuja finalidade está em obter alguma vantagem sobre o outro, desconsiderando os sentimentos e bem estar desse pessoa. Essa vantagem pode ser financeira, mas pode também ser a obtenção do poder ou de status. Algumas pessoas querem se sentir “no controle” sobre o outro e isso é suficiente para manipularam. Vamos pensar um pouco sobre algumas formas de manipulação presentes nos relacionamentos amorosos?

Nem todas as pessoas que manipulam são narcisistas, psicopatas, ou possuem  algum outro tipo de transtorno de personalidade diagnosticado. Algumas vezes, pessoas que manipulam não o fazem de forma consciente. Elas simplesmente fazem por que aprenderam a se comportar assim e perceberam que obtém o que querem, por isso, continuam com esse comportamento. Entretanto, é inegável que algumas pessoas, especialmente pessoas com caráter duvidoso, mantém o comportamento de manipulação conscientes do mal estar que estão causando ao outro.

Nem sempre é simples perceber a manipulação,  então aqui estão três maneiras de manipular que muitas vezes, nem parecem manipulação.

A primeira delas é a comparação.  Algumas pessoas gostam de fazer comparação o tempo todo. As comparações entre duas pessoas, na maioria das vezes, não são justas. Muitas vezes as pessoas confundem a comparação com um estímulo. Nos relacionamentos amorosos,  alguns parceiros comparam o parceiro atual com outro do passado ou com qualquer outra pessoa fora do relacionamento. E nem sempre essa comparação é tão evidente. Mas o que ocorre geralmente é a redução da autoestima do parceiro atual e uma falsa percepção de competitividade. Entretanto, essa competição  não existe na realidade. Com esse comportamento manipulador o parceiro obtém um certo “controle” emocional sobre o outro, além de perceber o seu parceiro numa busca incessante por agradar e ser suficientemente “bom” ou merecedor de estar naquele relacionamento.

Outra forma de manipular que nem sempre fica perceptível é quando o parceiro faz você se sentir culpado, mesmo que você não tenha feito nada que justifique a sua culpa. Ele nega e engana, mente sobre o próprio comportamento e parece sempre ser ‘moralmente’ superior a você. O objetivo desse tipo de manipulação consciente, é fazer com que você se sinta culpado e esteja sempre disposto a fazer algo para agradar aquele que parece ser ‘perfeito’. Entretanto, isso não é a realidade.

E por fim, o o comportamento de esquiva das responsabilidades. Esse comportamento de não assumir as responsabilidades pelas próprias atitudes têm como objetivo se esquivar de qualquer tipo de punição. Quando alguém que deveria ser responsável por alguma coisa não o faz, geralmente, outra pessoa cumpre com o dever e a responsabilidade. Um exemplo desse tipo de situação está quando o parceiro faz compras (sem  que o outro saiba) passando dos limites já combinado entre o casal, sabendo que ele não precisará pagar,  afinal o parceiro vai arcar com essa responsabilidade. Fica aí obtido uma vantagem financeira que nem sempre está evidente. Afinal, foram só umas comprinhas, não é mesmo?

Nem sempre é simples perceber que estamos sendo manipulados. Entretanto,  conseguir estabelecer limites e aprender a se relacionar de maneira saudável faz um bem enorme para a nossa saúde mental. Quando nos relacionamos com pessoas dispostas a não entrar em joguinhos de manipulação, conseguimos nos conectar emocionalmente e construímos relacionamentos mais genuínos e saudáveis.

  

Autora:

Mônica Reis é mãe de três garotos lindos de viver. Uma pessoa curiosa que gosta de conhecer novos lugares e de ler que é outra forma de viajar. É formada em Psicologia e possui Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Atua no âmbito clínico atendendo jovens e adultos. Desde 2020 tem se reunido com outros colegas de maneira independente para estudar temas diversos, incluindo livros e artigos de autores relacionados as Terapias Cognitivo-Comportamentais. Isso tem lhe permitido trocar experiências relacionadas a profissão e a prática clínica. Instagram: @bymonicareis

 

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