Todos os dias, desde a hora em que nós levantamos até o momento de voltar a dormir estamos fazendo escolhas. Escolhemos a roupa que vamos vestir, o que vamos comer, os lugares e as pessoas com quem estaremos... Mas se isso é algo tão comum, por qual razão, às vezes, escolher nos deixa tão emaranhados e confusos?
Existem muitas possíveis explicações para isso. E claro, cada caso é um caso... A dificuldade que cada um apresenta para escolher é muito particular de cada pessoa e da maneira como ela funciona na vida. Mas de uma maneira em geral a maioria de nós tem dificuldade em perder.
E mesmo que isso não esteja completamente claro, escolhas também envolvem perdas. Se você escolhe estar num relacionamento, por exemplo, você está deixando de escolher estar envolvido com qualquer outra pessoa. Se você escolhe estar em um lugar, você está deixando de escolher vários outros lugares para estar.
Outro ponto é que a maioria de nós quer ter a certeza de que está fazendo a melhor escolha e quer ter isso muito claro. Há um perfeccionismo escondido nisso. Entretanto, nem sempre isso é possível. E muitas vezes algo que poderia parecer tão claro num momento, no outro já não está claro o suficiente.
A clareza permanente simplesmente não existe. Queremos saber o final da história, como as coisas vão acontecer e se tudo vai ficar bem, mas deixamos de considerar que a nossa vida é dinâmica.
Escolher pode ser difícil às vezes, por que nem sempre aprendemos a lição de que perder e ganhar faz parte do pacote. Faz parte da vida. Criamos a expectativa de ganhar sempre.
Além disso, temos dificuldade em tolerar os nossos desconfortos emocionais relacionados às incertezas e dúvidas. Queremos definitivamente garantias e também queremos ter o controle.
Provavelmente, o que você está vivendo neste momento está relacionado com as escolhas que você fez. Pensar sobre os desdobramentos das nossas escolhas a curto, médio e longo prazo e pensar sobre o que realmente importa para nós, considerar os nossos valores, pode nos ajudar bastante a fazer boas escolhas.
Mas ainda assim não existem garantias. Enfim, é importante aprender a “vestir a camisa” da escolha que fizermos. Seguir com a nossa escolha, e estar em paz com os desdobramentos dela. Afinal, como dizem, algumas oportunidades são como um “cavalo selado”. Podemos escolher aproveitar elas e estar em paz com os desdobramentos ou deixar passar e continuar em paz. Afinal, não escolher, também é uma escolha.
Autora
Mônica Reis é mãe de três garotos lindos de viver. Uma pessoa curiosa que gosta de conhecer novos lugares e de ler que é outra forma de viajar. É formada em Psicologia e possui Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Atua no âmbito clínico atendendo jovens e adultos. Instagram: @bymonicareis.
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