Dualidade

Há dias em que somos feitos de tristeza...

Em outros, de alegria.

Há dias em que somos solidão...

Em outros, aconchego.

Alguns dias nosso corpo todo é composto por pequenos átomos de dor...

Em outros, cada poro transpira felicidade.

Há dias em que somos ausência...

Em outros, presença que abriga.

Há dias em que somos desilusão...

Em outros, esperança.

Alguns dias somos partida...

Em outros, chegada que alegra.

(Não há constância na dualidade que é ser.

E existir é mesmo um paradoxo - no qual tentamos unir sentimentos dúbios que se completam

E nos fazem ser inteiros).

Há dias (todos, talvez) que somos, em esssência, AMOR.