Pedidos singelos

Parei para pensar na lista (não escrita) das coisas que quero para este ano e não consegui findá-la. Não foi somente por não conseguir ter em uma lista tudo que pretendo. Acredito que seja porque os planos não podem se sobrepor às coisas simples (e valiosas) — e uma folha de papel é pouco para caber o que muito vale.

Propus refazê-la (talvez essa deva ser uma prática recorrente em nossa vida) e brotou do meu coração pedidos singelos:

Que eu saiba manter a serenidade, ainda que o mar esteja revolto;

Que eu tenha sensibilidade para admirar a grandiosidade da vida nas pequenas coisas (como no desabrochar de uma flor);

Que eu não permita que as dores tirem a minha paz (porque ela vem do alto);

Que eu possa olhar as pessoas e ver nelas o que há de melhor;

Que eu saiba dizer NÃO ao que me diminui e me afasta de Deus;

Que eu continue a me alegrar com a gargalhada de uma criança — som de anjos na terra;

Que eu possa cuidar de mim primeiro, pois só assim poderei cuidar do outro;

Que eu seja comedida em tudo, menos no amor;

Que a leveza esteja em minha alma, para que eu me mantenha firme, mesmo nos dias de turbulências;

Que a fé seja chama acesa a iluminar os meus passos;

Que eu jamais me esqueça que a vida é o que há de mais valioso!

Que eu não perca a capacidade de mudar a rota e refazer os planos sempre que for preciso.

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