Por amar observar a natureza, dou-me a pequenas divagações. Hoje, olhando o voo solto de uma borboleta, pus-me a admirar a sua beleza.
Quanta delicadeza! Quanta leveza! Quão singelo é o roçar de suas asas no espaço!
A admirei por alguns instantes e, como não poderia deixar de ser, logo fui levada a pensar em seu percurso. Quanto tempo terá levado até que, finalmente, tivesse asas?! Quantas dores a atravessaram na sua transmutação silenciosa?!
Geralmente, as lagartas não são amadas. O casulo é observado com curiosidade. Quase nunca com admiração.
Vi-me naquelas asas coloridas e leves a rasgar o vento! Vi, ao lembrar-me do caminho que certamente a borboleta percorreu, o meu caminho — repleto de dores, de transformações, transmutações e de renascimento!
Nenhuma mudança é fácil ou indolor! Mas ficar parado, imutável, é deixar-se sucumbir!
Autoria: Ediane Schettini
Biografia – Ediane Schettini: Nascida na cidade de Malhada de Pedras, no sertão baiano. Professora de Língua Portuguesa, mestra em Estudos de Linguagens, pela Universidade do Estado da Bahia. Especialista em Libras, pela Faculdade Dom Pedro II. Casada com Diego Schettini. Mãe de Elza e de Bernardo. É apaixonada pelas palavras e por suas múltiplas significações. Escrever, para ela, é descortinar a alma. É devolver ao mundo um pouco do que ele a oferece e que transborda em seu ser. Instagram:@edianeschettini
Mín. 20° Máx. 30°
Mín. 19° Máx. 23°
ChuvaMín. 19° Máx. 24°
Chuva