Você só tem a noção do quão forte é quando precisa usar a sua força. Esse texto é sobre mulheres fortes. Você já ouviu falar em maternidade atípica?
Quando ouvimos o termo inicialmente, temos uma tendência a pensar imediatamente em mães de pessoas atípicas, lembramos de vários casos de crianças autistas e da jornada dessas mulheres. O termo é usado para falar sobre uma maternidade que foge um pouco do esperado, ele se relaciona a mães de pessoas com deficiência, mães que se desdobram entre os cuidados específicos para os filhos e o tratamento.
Muitas dessas mulheres têm histórias de superação, algumas precisam abdicar do trabalho, para dedicar a suas vidas aos cuidados dos filhos. Muitas vezes, são elas quem lutam para fazer valer os direitos dos seus filhos. Essa jornada é única. Mas pode ser muito solitária. Muitas dessas mulheres são incompreendidas e ao mesmo tempo em que precisam aprender a lidar com os seus filhos, também precisam lidar com o preconceito da sociedade.
O rótulo “guerreira” nem sempre é bem vindo. Na verdade, são mulheres que descobrem a sua força, justamente na sua fragilidade. Mãe é sempre mãe. Mas precisamos enxergar a realidade: existem maternidades com “s”, no plural mesmo. Uma rotina que pode ser cansativa e estressante, que vulnerabiliza, inclusive, a saúde mental dessa mulher.
Em alguns casos, percebemos a realidade do isolamento social. Nem sempre é possível frequentar alguns espaços. Além do isolamento social, essas mulheres, também podem conviver com o afastamento e abandono, algumas vezes do próprio parceiro, pai da criança. Embora, nem sempre esse seja a realidade de todas essas mulheres, essas histórias não são raras.
Mas é preciso se permitir, se enxergar, se cuidar. Valorizar a competência e o compromisso em cuidar e principalmente, lembrar que essas mulheres também têm necessidades. Com o intuito de chamar a atenção da sociedade para a realidade dessas mulheres e das suas necessidades, estimulando políticas públicas em prol das mulheres que experimentam a maternidade atípica, principalmente políticas em saúde mental, o Projeto de Lei PL 2859/2020, institui a semana nacional da maternidade atípica.
Como é bom resgatar a coragem, a força e a competência de uma mulher! Como é bom enxergar as particularidades e vivências da maternidade! Ser uma mãe atípica também é perceber que não são só desafios, mas essa maternidade também revela alegrias e peculiaridades.
Autora:
Mônica Reis é esposa e mãe de três garotos lindos de viver. Uma pessoa curiosa que gosta de conhecer novos lugares e de ler que é outra forma de viajar. É formada em Psicologia e possui Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Atua no âmbito clínico atendendo jovens e adultos. Desde 2020 tem se reunido com outros colegas de maneira independente para estudar temas diversos, incluindo livros e artigos de autores relacionados as Terapias Cognitivo-Comportamentais. Isso tem lhe permitido trocar experiências relacionadas a profissão e a prática clínica. Instagram: @bymonicareis.
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