Nas noites frias de solidão,
Vou arranhando as cordas do coração,
Mutilando a têmpora da imaginação,
Tentando inventar uma canção,
Que me resgate dessa alucinação.
Sem inspiração,
Sigo inventando sonhos,
Abortando segredos,
Vou congelando desejos,
Tornando-me refém desse pesadelo.
E assim,
Sigo caminhando à revelia
Juntando refugos de atenção,
Reciclando detritos de afetividade
Recolhendo migalhas de sentimentos
Que, por descuido
Alguém deixou se perder no vento.
E nesse peregrinar
Continuo vagando no tempo,
Sem caminho, sem lugar
Que até perdi a cartilha da vida,
E desaprendi a conjugar
O verbo sonhar.
Valmir Pereira - São Gonçalo dos Campos, Bahia - Membro efetivo da Academia Metropolitana de Letras e Artes de Feira de Santana
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