Um tubérculo
Pequeno
Quase insignificante
Extraído da terra cuidada
Da avó para a mãe
Da mãe para as filhas
Das filhas para os filhos
Das irmãs para as irmãs
Em uma troca constante
De geração em geração
O ritual:
O chão
A terra fértil
A água constante
A espera
O brotinho
O pendão
As folhas
A planta
O cuidado
O crescimento
Inesperadamente
As folhas secando
Os caules tombando
A planta morrendo?
A espera
Quase desilusão
Água presente
Confiança!
De repente, a vida!
A terra se abrindo
O verde surgindo
A planta renasce
Broto diferente
Verde-escuro
Folhas compridas
Pendão mais forte
Contraste com as folhas comuns
De um verde bem clarinho
Arrendondadas
Em seus frágeis caules
Um botão
Uma flor se abrindo
Linda
Perfumada
Durável
De geração em geração
A madressilva brasileira
Como um membro da Família Silva
Há mais de cem anos
Perpetuando sua espécie
Aproximando as pessoas
Perfumando os corações
Autoria: Terê Silva
Biografia: A escritora e poeta Terê Silva – Terezinha de Jesus da Silva – nasceu e reside em São João del-Rei-MG. Atualmente, exerce a função de suplente do Conselho Fiscal do Instituto Histórico e Geográfico e, pela segunda vez, a função de Primeira Secretária da Academia de Letras, instituições de São João del-Rei. É ta Acadêmica Efetiva da AILAP – Academia Internacional de Letras Poetas Além do Tempo, ocupando a Cadeira Nº 97, cuja Patrona é, por sua indicação e escolha, Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira e Sócia Correspondente da Academia Praisense de Cultura (Letras, Artes, Música), de São Sebastião do Paraíso/MG.. Formada em Letras (UFSJ), pós-graduada em Metologia do Ensino de Ciências – Informática Educativa (UFMG), e formada em Biblioterapia pelo Observatório do Livro e da Leitura (Ribeirão Preto/SP). É aposentada como professora e servidora da Superintendência Regional de Ensino – SRE. Ministrou cursos em diversas cidades de Minas Gerais e do país; coordenou inúmeros projetos e eventos relacionados à educação. Durante muitos anos, coordenou o Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE MG-17, na SRE. Escrever é a sua transcendência do real e imanência nele, seu encontro mais íntimo com as manifestações em sua vida. Escreve diariamente nem que seja apenas um verso, uma estrofe, um parágrafo.
Premiações:
Ganhou seu primeiro prêmio em 1967, com uma redação sobre Duque de Caxias – Patrono do Exército Brasileiro, no antigo 4º ano primário, na atual EE. “Tomé Portes del-Rei”; 1º lugar nos concursos promovidos pelas Rádios São João del-Rei e Emboabas: “Cajamar” e “Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir”, respectivamente. Premiada em 2º lugar no concurso promovido pela ATLAS – Academia Tobiense de Letras, de Tobias Barreto/SE, com seu cordel Desengano (2020).
Obras publicadas:
Poesia: Momentos (2004); Transcendência (2005); Véspera (2005); Voo: para onde o coração me levar (2019); As mulheres em mim (2020); Mundo feliz (infantil) (2022).
Em prosa e verso: O espelho do silêncio (2020).
Em 2020, foi selecionada para mais de vinte antologias, de diversas editoras do país e UFRR, por meio de concursos literários, com seus poemas, contos e cordel e em outras mais em 2021 e 2022. Atualmente, está escrevendo seu primeiro livro de crônicas.
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